sábado, 28 de fevereiro de 2009

Viver é estar em fluxo... girando na 'roda da vida'... Como podemos mantemos esse equilíbrio dinâmico?

“Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce.”

Essa expressão que li numa crônica da Lya Luft me fez pensar numa relação que tenho feito em minhas aulas de fisiologia humana na universidade.

Nosso corpo funciona em ritmos: o coração pulsa pra levar o sangue a todas as partes. Assim, conduz os nutrientes para todas as células. Essa é a corrente da vida...
biologicamente falando.

A "escada rolante" seria o ritmo ditado pela dinâmica da nossa interação com o momento presente. Pois é aí que podemos tomar o controle.... Determinamos como vamos reagir em cada uma das situações que experimentamos no nosso dia a dia.

Como discutimos anteriormente num tópico sobre estresse, as variações que ocorrem dentro e fora de nosso organismo são os “agentes estressores”, e estes provocam em nós a necessidade de reações.


Enquanto vivemos, estamos imersos nessa dinâmica de ação-reação. Estamos em fluxo.

E o resultado de cada interação vai depender da associação de uma sequência organizada de etapas, que fluem em um ciclo. Esse ciclo governa nosso funcionamento e nossas interações com o ambiente. E o equilíbrio dinâmico mantido por esse ciclo é o que denominamos de Homeostasia.

O CICLO DO EQUILÍBRIO DINÂMICO DA VIDA:


Conforme vemos no esquema, variações estimulam sensores no nosso corpo todo. Esses sensores informam aos centros de controle no sistema nervoso tudo o que captam. Os centros de controle processam as informações e determinam as respostas que o organismo deve dar em cada situação. Através de vias específicas, os centros comunicam aos órgãos do corpo (músculos ou glândulas) qual modificação devem desencadear em sua atividade. Cada modificação provoca um efeito que também é monitorado pelos mesmos sensores, para o controle contínuo do equilíbrio dinâmico do organismo.

Enquanto vivemos, o ciclo de regulação da homeostasia não para. E essa manutenção do equilíbrio dinâmico através dele depende de uma integração muito especial, feita por mecanismos de feedback. Através do feedback (retroalimentação), nossos centros de controle podem continuamente monitorar o ciclo, observar os efeitos de nossas reações e determinar as devidas correções a cada momento.


Enfim, viver é como nadar contra-corrente...

O mar da vida está em fluxo e nós precisamos constantemente adaptar o tamanho e a velocidade das braçadas, o intervalo das respirações e a direção que devemos ou mesmo queremos seguir... Sendo assim, quanto mais flexíveis formos, mais transformações, adaptações e evoluções podemos realizar!

A vida é todo esse movimento, essa dinâmica incessante... Portanto, para viver é preciso fluir!!!
O que nos move?

O que faz nosso coração vibrar?

O que pode impelir nossos cérebros e corações aos extremos de que somos capazes?

Pelo que vale a pena morrer?

Pelo que vale a pena viver?

O que é sagrado para cada um de nós?
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