sábado, 14 de fevereiro de 2009

Estresse afeta seu "equilíbrio dinâmico"

ESTRESSE é um termo popularmente relacionado a situações e sensações aversivas, desagradáveis ou mesmo repulsivas! De tal forma instigante, seu conceito ou significado tem suscitado extensas discussões nos mais diversos grupos.

Bem, antes de discutir "um conceito de estresse", vamos pensar no que pode ser uma condição base: o "equilíbrio". O QUE É EQUILÍBRIO?

Equilíbrio pode ser entendido como uma condição especial controlada. Há uma relação conceitual entre equilíbrio e estabilidade. A partir dessa relação, poderíamos considerar que tudo o que está em equilíbrio está parado, ou seja, não está pendendo nem para um lado, nem para o outro. Seria isso?

Bem, agora vamos pensar em como é viver... Cada indivíduo em seu meio é uma dinâmica dentro de outra dinâmica. Sim, há muitas variáveis relacionadas aos processos que mantem a vida e suas interações. E, no meio de tudo isso, estamos nós, tentando viver. Então,
onde estará o equilíbrio do ser vivo?

Biologicamente falando, todos nós temos uma série de programações pré-determinadas, que seriam aquelas medidas adequadas de temperatura, pressão arterial, níveis de açúcares, gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, etc, necessários para nosso bom funcionamento.

Aí está a zona de equilíbrio de cada ser vivo.

Manter-se nessas faixas especiais exige monitoramento e controle constantes.

Devemos reconhecer continuamente as variações que ocorrem dentro de nós e ao nosso redor, para que possamos responder de maneira adequada a cada uma delas, corrigindo os possíveis desvios em relação as medidas programadas. Voltar àquela zona de equilíbrio quando somos jogados fora dela é vital para nossa sobrevivência e manutenção da saúde.

Vamos considerar um exemplo: quando sentimos fome, comemos para saciar a fome. Mas, por que sentimos fome? Sentimos fome porque reduziram-se as concentrações de açúcar no sangue. Então, sensores perceberam essa redução e informaram aos centros de controle na base do cérebro. Estes desencadearam a sensação consciente da fome e nossa reação comportamental foi buscar alimento e comer.
Simples?

Parece bem simples, quando pensamos em apenas uma variável, mas bem mais complexo e integrado quando lembramos que estamos controlando inconscientemente todas as funções básicas para a sobrevivência do nosso organismo ao mesmo tempo em que estamos
aqui prestando atenção nesse texto.

Vejamos, se imaginarmos uma outra experiência? Por exemplo, estamos trabalhando cumprindo as tarefas rotineiras, tranqüilos e concentrados. De repente, chega nosso chefe e anuncia que está nos demitindo em função de uma crise na empresa, conseqüência da crise mundial. Bum! Como podemos, nesse exato momento, continuar sequer respirando da mesma forma que antes? Tudo se desorganiza dentro de nós em um instante!

E nossa resposta? Depende...

Às vezes, não reagimos de maneira imediata aos acontecimentos imprevistos. Outras vezes, respondemos tão rápido que é um impulso quase sempre impensado. E, por isso mesmo, nem sempre adequado. A seu modo, os nossos centros de controle processam quais as melhores estratégias a seguir para nos resgatar o equilíbrio, ou pelo menos nos defender de cada ameaça ou ataque que sofremos. O tempo que levará até nossa reorganização completa também depende de cada um, dos prejuízos causados pela situação, das experiências prévias, da auto-confiança e das perspectivas.

Agora, vamos pensar uma outra situação. Você acredita em “amor à primeira vista”? Digamos que poderia ocorrer de muitos modos, a qualquer momento, em qualquer lugar. Mas, suponha, então, que num momento bem relax, num dia de folga, você está calmamente passeando pela orla tranquila de um rio... Está tão calmo que consegue perceber o fluxo do ar passando pelas narinas e o delicado acariciar da brisa em sua pele. Não está muito quente, nem muito frio... De repente, você se depara com uma pessoa estonteantemente encantadora, que faz o seu coração pulsar tão forte que aperta o peito e sua respiração trava... seu olhar não se desvia e tudo ao redor desaparece... Por um momento, o tempo para...

Isso lhe abalou o equilíbrio, não?

Pois é, nem sempre o que abala nosso equilíbrio é algo que achamos ruim... Pode ser algo muito bom também! O que nos desafia, desafia o nosso equilíbrio... às vezes, uma surpresa muito boa também pode abalar completamente nossos "centros de controle".

Daí, surge um conceito de Estresse...

Estresse é qualquer condição que ameace ou mesmo rompa o equilíbrio dinâmico de um indivíduo.

Há dois tipos de estresse: o tipo de abalo que nos promove pode ser chamado de eustresse e o que nos prejudica pode ser chamado de distresse. Estresse pode ser agudo, por um evento específico e breve, ou crônico, normalmente considerado o que perdura por muito tempo, ou mesmo o que se faz repetitivo. O distresse pode provocar patologias, por isso é importante desenvolver algumas habilidades para lidar com as situações aversivas, de modo a não ser tão prejudicado por elas.

Algumas dicas para nos fortalecer e nos tornar menos vulneráveis ao estresse:

Podemos cultivar a paciência e a tolerância, confiar mais em nós mesmos, prestar atenção às escolhas que fazemos, planejar nossas ações passo a passo, experimentar intensamente os bons momentos, trabalhar em equipe, valorizar as conquistas partilhando-as com amigos, e realizar sempre atividades que nos façam evoluir, nos inspirem mais vida e mais felicidade!

E vocês, o que pensam sobre isso? Gostaríamos muito de saber!

5 comentários:

  1. Na minha forma de analisar o equilíbrio, é ter a certeza das coisas que estamos fazendo, envolve diversos órgãos do nosso corpo, é a divisão entre a emoção e a razão. Acredito que o equilíbrio seja um sentido e o considero um comportamento de grande sabedoria.
    O Estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas. O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e o agudo. Muito se fala em controlar o estresse, mas quem é capaz de controlar as situações que a vida coloca no caminho?
    Entretanto, o que você pode e deve fazer é controlar a maneira com o seu corpo responde aos desafios á sua frente. Para lidar em paz com os dias nervosos deste novo século eu costumo fazer o seguinte: Durmir bem, alimentar-se bem, praticar exercícios regularmente, ter um hobbie, estimular a menter, cabeça erguida sempre e acreditar em algo.

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  2. Como a cada instante em que vivemos existe transformações, é indispensável se adaptar a essas. Deste modo, nosso organismo saberá suportar e adequar-se as situações e consequentemente nosso corpo estará melhor adaptado.
    A vivência e experiência, com fatos acontecidos são subsídios para interpretar e consequentemente saber lidar com os fatos que acontecem. Contruir "mecanismos de absorção", ou seja, criar artifícios para interpretar os acontecimentos, para que os mesmos não sejam de tal forma agressores ao organismo.
    Pórem, é necessário estar aberto a vida e as emoções que pode nos proporcionar. Estar disposto aos extremos da vida é saber aprender com ela.

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  3. -Acredito que na maioria das vezes para se obter um acerto satisfatório, é importante passar por uma seqüência de erros.Conquistar uma suposta felicidade sem admitir que exista a tristeza é tentar maquiar um sentimento tão importante quanto. Temos duvidas quando amamos alguém, mas temos certeza do q é a raiva, por esse motivo podemos deduzir que há uma contra partida. Não duvide dos seus sentimentos bons, vá atrás do que odeie; pro pior não acontecer. O enfoque e a importância que nos damos as nossas dificuldades que vão determinar seu próprio bem estar, a grandeza das conquistas dependem de responsabilidade e uma identidade interior própria e transparente para que elas sejam valorizadas por nós mesmos. Acreditar numa paz controlada e uma consciência satisfeita; onde sinta tristeza e alegria sem perder a autoconfiança; é viver essa vida de duvidas, onde vamos morrer sem saber nunca pra onde estamos indo. Ser instintivo e seguir nossos desejos é ser criança e achar graça do seu próprio reflexo no espelho. Quando realmente nos damos sem esperar nada em troca nós encontramos; e nossas dificuldades passam despercebidas pela ambição do prazer. Estender a mão antes de bater é se defender do futuro, fazendo por merecer; entre os milhos de caminhos onde vamos fracassar sempre haverá uma viela por onde passar,...Nunca me senti usado ou ingênuo por este otimismo, não espero que aceite, mas respeite o fluxo, o equilíbrio; não ultrapasse sem pedir licença. Mesmo na dor prefiro imaginar um mundo diferente; no escuro sem enxergar a realidade não espero amanhecer, para abrir os olhos e ver tudo que esta em minha volta...

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  4. Estresse é a palavra e a sensação que passou a fazer parte de nossas vidas há pelo menos duas décadas.Curiosamente, mminha mãe "entrou em contato" com o estresse por volta dos seus quarenta e poucos anos.Eu, em torno dos meus quinze, e meu sobrinho que tem apenas 6 anos, sim ele já tem picos de estresse. Então para se viver na sociedade contemporânea isso já se tornou inerente à nós.Se já está impregnado, o ideal será dosar as quantidades. Perceber o que me incomoda, qual é de fato a gravidade das coisas. Perceber se realmente tal acontecimento merece o despendimento de energia que às vezes damos às situações.
    Esses incomodos podem vir de várias fontes. Problemas familiares, financeiros, relacionamentos amorosos, frustrações quando não se alcança o que se almeja e etc.
    E se olharmos de fora? Como se fossemos alguém assistindo a nossa própria situação! Pode ser um bom exercício para discernir melhor os fatos enxergando com mais facilidade uma saída positiva e ainda não dando tanta grandeza a algo que não nos seja bom!
    Cristiano Carvalho.

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  5. Na minha opinião o estresse está totalmente ligado à rotina das pessoas, no trabalho, nos estudos, na convivência familiar ou até mesmo no convívio com os amigos, pois este rompimento do equilibrio dinâmico, tanto que nos promova, quanto principalmente o que nos perturba é o que torna nossas vidas extremamente versátil e inconstante, mas devemos nos manter atentos aos riscos que estes desafios e metas possam nos proporcionar.
    O estresse deveria ser considerado como estimulante e motivacional em nossas vidas. Por outro lado convivemos em uma sociedade cada vez mais globalizada, competitiva, repleta de valores totalmente relacionados com a ambição por dinheiro e estatus, onde o estresse pode tornar-se uma patologia muito nociva tanto para o corpo, como para a mente, o que provoca no ser humano a relação de lutar ou fugir visivelmente explicíto em seus sintomas da perda de sono, dificuldade de relacionamento, apatia e cansaço, pessimismo, irritação e frequente vontade de chorar.
    Concordo que o estresse deve ser controlado, através de atividades que aumentem nossa auto-estima e confiança, ou simplesmente com um pouco de tempo para relaxar e meditar, curtindo o sol, o som da natureza com o barulho dos pássaros ou até mesmo o barulho da chuva, que a correria e o "estresse" do dia a dia não nos da tempo de adimirar!

    Jeferson Taday

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